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Jorge Caldeira  

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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Diogo Antonio Feijó

Jorge Caldeira
Organização de Jorge Caldeira

 
O primeiro volume da Coleção Formadores do Brasil traz os mais importantes escritos de Feijó (1748-1843), o regente do Império, e inclui uma introdução de Jorge Caldeira que faz uma interpretação original da importância deste político para nosso país. Padre, inimigo do celibato, liberal radical, Feijó foi o primeiro chefe do Executivo escolhido em eleição nacional. “A história do Brasil sai de seus arquivos para chegar à casa dos cidadãos.” (Renata Saraiva, O Estado de S. Paulo)
indisponível
R$ 87,00
 
Dias ensolarados no Paraizo: memórias

Brazilia de Oliveira Lacerda

Chão Editora
Posfácio; Jorge Caldeira
 
Brazilia Oliveira de Lacerda nasceu um ano antes da abolição da escravatura. Bisneta de visconde (do Rio Claro), neta de barão (de Arary) e nora de conde (do Pinhal), foi não apenas uma representante da elite agrária paulista, mas também, revela-se agora, uma de suas raras cronistas. Quando morreu, em 1966, deixou na gaveta diversas recordações de vida, preservadas em pequenos cadernos pautados, preenchidos de próprio punho.
R$ 49,00

 
Ronaldo
Glória e drama no futebol globalizado

Jorge Caldeira

 
R$ 87,00

     
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